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Natural de Santana do Sapucaí, atual Silvianópolis (MG), Francisco Silviano de Almeida Brandão nasceu em 8 de setembro de 1848, filho de José Claro de Almeida e Ana Isabel Bueno Brandão.
Em sua terra natal, no Sul de Minas, atuou profissional e politicamente e alcançou suas primeiras vitórias. Estudou no severo Seminário Episcopal de São Paulo e, seguindo sua vocação, formou-se em Medicina pela famosa Faculdade da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, na turma concluinte de 1875.
Logo após, passou a exercer sua profissão em Ouro Fino, cidade onde praticou seus conhecimentos e defendeu com prestígio a tese "Diagnóstico Diferencial", destacando-se e sendo ainda mais admirado na medicina. Casou-se com Maria Isabel de Paiva Brandão, que era sua prima e irmã do presidente Júlio Bueno Bandão. Ficou viúvo e casou-se novamente com sua cunhada Ester Cândido de Paiva Brandão.
Nos anos seguintes, em Pouso Alegre, construiu sua base de atuação política. Fundou o Clube Republicano e se elegeu deputado provincial pelo Partido Liberal, para a legislatura de 1880-1881. No desempenho de sua ação parlamentar, defendeu a integridade territorial do estado, obteve a criação dos municípios de Ouro Fino, São José de Além Paraíba e São João Nepomuceno e abraçou a causa da delimitação conveniente das divisas de Minas Gerais com São Paulo.
Após diversas realizações, elegeu-se senador estadual e pouco depois presidente do Estado de Minas Gerais. Em seu governo, dedicou-se à agricultura, que era a grande geradora da riqueza de Minas. O plano de governo ficou marcado pela disposição e dedicação ao trabalho. Mesmo com poucos recursos, iniciou o que se poderia chamar de "mecanismo agrícola", gerou o combate contra o analfabetismo e desenvolveu projetos para a saúde publica, cujas deficiências conhecia. Com severidade, administrou as finanças mineiras, inclusive o recurso da medida do aumento de impostos e teve a oportunidade de cuidar das estradas construídas para unir as localidades vizinhas mais importantes.
Atuando com sucesso no Estado de Minas Gerais, candidatou-se à Vice-presidência da República, dentro da chamada "República Café com Leite", junto à candidatura do paulista Rodrigues Alves para presidente. Ambos foram eleitos para o mandato de 15 de novembro de 1902 a 15 de novembro de 1906, mas Silviano Brandão (como, aliás, costuma ser mais creditado) morreu em 21 de fevereiro de 1902, portanto, antes de tomar posse, sendo substituído por Afonso Pena.
Está sepultado no Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.

Fonte: www.mg.gov.br
Foto: Armando Rosário (Arquivo Público Mineiro)



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