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Historiadora, Ângela Borba nasceu no dia 4 de abril de 1953, no Rio de Janeiro. Formou-se em História pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). Casou-se com Jair de Sá, deste casamento nasceu seu único filho, Miguel.
Foi ativista feminista e política, lutou pela redemocratização do Brasil.
Na década de 1970, Ângela engajou-se no movimento de mulheres fazendo parte do Brasil Mulher. Foi uma das fundadoras do PT, em 1979. Em 1982, Nesta mesma época, participou de uma experiência pioneira na construção de um modelo feminista de exercício de mandato eletivo, tendo como parceiras Lúcia Arruda e Fernanda Carneiro. Ao ser eleita, Lúcia Arruda, titular do mandato de deputada estadual na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), teve Ângela Borba como principal assessora direta, mas de fato, o mandato era partilhado entre toda a equipe e as decisões eram tomadas de forma conjunta. Desta forma, dividiam o mandato e promoviam eventos públicos fora do âmbito da Assembléia, numa sintonia fina com o movimento de mulheres.
Lúcia Arruda foi reeleita para um segundo mandato e Ângela foi indicada como assessora da Liderança do PT na Alerj, onde desenvolveu um trabalho político marcante: coube ao gabinete de Lúcia Arruda um papel fundamental, entre outros, na criação da Delegacia das Mulheres no Estado do Rio de Janeiro. Ângela participou, ainda, do Conselho Comunitário de Saúde e colaborou ativamente na elaboração de leis voltadas para a garantia dos direitos das mulheres na Constituinte Estadual.
Em 1986, Ângela foi indicada membro do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Estado do Rio de Janeiro, na gestão de Branca Moreira Alves. Pouco depois, tornou-se coordenadora da Secretaria Nacional de Mulheres do PT, onde desenvolveu uma articulação do partido com o movimento de mulheres a nível nacional. Também integrou o Fórum Feminista do Rio de Janeiro e a Rede Nacional de Saúde e Direitos Reprodutivos.
Ângela elaborou trabalhos sobre os rumos do feminismo no Brasil, escrevendo artigos sobre a situação da mulher. Seu principal trabalho analítico, intitulado "Legislando para as Mulheres", foi publicado no livro "Mulher e Política - Gênero e Feminismo no Partido dos Trabalhadores", uma coletânea de artigos organizada por ela, em parceria com Nalu Faria e Tatau Godinho. Nos últimos anos de vida colaborou com a organização não-governamental Ser Mulher, de Friburgo, Rio de Janeiro.
Trabalhava como membro do conselho da Fundação Perseu Abramo quando sofreu um aneurisma cerebral. Acabou falecendo no dia 15 de julho de 1998.

Fonte: Decreto nº 26.229, de 17 de fevereiro de 2006 (http://cm-rio-de-janeiro.jusbrasil.com.br) e www.fundosocialelas.org/institucional-angela-borba.asp, citando o "Dicionário das Mulheres do Brasil - de 1500 à atualidade", org. Schuma Shumaher (Redeh) e Érico Vital Brazil, Editora Zahar, 2000
Foto: www.fundosocialelas.org/institucional-angela-borba.asp



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