Travessa Capitão Cláudio Coutinho (Portuguesa [Parque Royal]) - CEP: 21931-612


Militar, preparador físico e treinador de futebol, Cláudio Pêcego de Moraes Coutinho comandou o Flamengo e a Seleção Brasileira de Futebol na década de 1970.
Nascido na pequena cidade gaúcha de Dom Pedrito, na fronteira com o Uruguai, no dia 5 de janeiro de 1939, Coutinho mudou-se para o Rio de Janeiro quando tinha somente quatro anos de idade.
Ingressou na Escola Militar e seguiu carreira, chegando a capitão. Por outro lado, também demonstrava grande interesse para área esportiva, tanto que se graduou na Escola de Educação Física do Exército junto com outros oficiais que seriam seus grandes amigos, colaboradores e incentivadores.
Em 1968, foi escolhido para representar sua escola em um Congresso Mundial, realizado nos EUA. Lá conheceu o professor norte-americano Kenneth Cooper, idealizador do famoso método de avaliação física que leva o seu nome. Convidado pelo mesmo, frequentou o Laboratório de Estresse Humano da Nasa. Dando prosseguimento às suas experiências internacionais, defendeu tese de Mestrado na Universidade de Fontainbleau, na França.
Em 1970 foi chamado para ser preparador-físico da Seleção Brasileira, tricampeã mundial na Copa do Mundo de 1970, no México. Nos treinamentos, passou a trabalhar com o Cooper, sendo a partir daí conhecido por ser o seu introdutor no Brasil. Após a competição, trabalhou como supervisor na Seleção Peruana de Futebol, no Vasco da Gama, como coordenador-técnico do Brasil na Copa do Mundo de 1974, e como preparador-físico do Olympique de Marseille, da França.
Já desempenhando os cargos de preparador-físico e supervisor da Seleção Brasileira Olímpica, assumiu também o cargo de treinador em 8 de julho de 1976, poucas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos de Verão de 1976, em Montreal, com a demissão de Zizinho. A seleção obteria o quarto lugar.
Estreou como treinador do Flamengo em 12 de setembro de 1976, substituindo Carlos Froner. Neste dia, a equipe venceu o Sport por 3 a 0, no Maracanã. Com seu histórico dentro da antiga Confederação Brasileira de Desportos, credenciaram Coutinho para ser o substituto de Osvaldo Brandão dentro da Seleção Brasileira, então postulante a uma vaga na Copa do Mundo de 1978, na Argentina.
Anunciado em 27 de fevereiro de 1977, a escolha de seu nome causou surpresa, já que era considerado pouco experiente para o cargo. Logo que assumiu o comando, Coutinho tratou de implantar sua filosofia própria.
Para ele, a Seleção Brasileira já não dependia mais de craques foras-de-série, mas sim de um esquema em grupo, com disciplina tática. Ele também inventou uma terminologia confusa para descrever seu novo estilo de trabalho, com palavras como o overlapping, o "ponto futuro" (que descrevia o procedimento em que o jogador fazia a jogada com seu companheiro já se posicionando para receber a bola posteriormente) e a "polivalência" (em que cada jogador passaria a exercer mais de uma função em campo, conceito influenciado pelo Futebol total holandês de 1974).
O Brasil, embora não chegasse à final, foi o único time invicto da competição, um dos fatores que levou Cláudio Coutinho a cunhar uma frase que se tornaria célebre: "Fomos os campeões morais dessa Copa".
Mesmo assim, o treinador acabou responsabilizado pela mídia e opinião pública pelo fracasso de seu selecionado. Ainda permaneceu à frente do time nacional até 31 de outubro de 1979, quando comandou a Seleção pela última vez, na semifinal da Copa América de 1979, no empate de 2 a 2 contra o Paraguai.
No Flamengo e, pouco tempo depois, conseguiria "dar a volta por cima" na equipe ao ser tricampeão estadual em 1978, 1979 e 1979 (especial) e campeão brasileiro em 1980, e, de certa forma, ao ser o criador da equipe que seria campeã do Mundial Interclubes de 1981, já sob o comando de Paulo César Carpeggiani. Em 1981, treinou o Los Angeles Aztecs, dos EUA.
No final da temporada de 1981, estava em férias no Rio de Janeiro. Exímio mergulhador, no dia 27 de novembro praticava um de seus hobbies, a pesca submarina nas Ilhas Cagarras, arquipélago próximo à praia de Ipanema, quando morreu afogado, aos 42 anos.

Fonte: Wikipedia, Correios e "O Direito da Favela no Conceito Pós-Programa Favela Bairro: uma Recolocação do Debate a Respeito do 'Direito de Pasárgada'", de Alex Ferreira Magalhães (www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/1806097/DLFE-237574.pdf/Alex_MagaalhaesDMH.pdf)
Foto: http://diarioflamengo.com/claudio-coutinho-do-flamengo-e-selecao-ganhara-biografia (CC)

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