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(antigo Caminho do Alegrete)


Bacharel em Direito, Carlos Ilidro da Silva nasceu em Itu (SP) em 1816, filho de Gertrudes Maria da Purificação Machado e do capitão Francisco José da Silva.
Exerceu a advocacia em São Roque; foi, depois, juiz municipal em Sorocaba e em Itu, em 1843; e deputado pela Assembleia Provincial de São Paulo no biênio de 1844-45.
Em novembro de 1837, casou-se com Laurinda Ambrosina em Araçariguama, com quem teve cinco filhos: Adelina, nascida em 22 de novembro de 1839; Francisco, em 22 de outubro de 1851; Brasília Eufêmia, nascida em 20 de maio de 1853; Carlos, batizado em 11 de abril de 1855; e Georgina, nascida em 5 de agosto de 1857, todos em Araçariguama.
Após sua morte, Ilidro casou-se em fevereiro de 1860 com sua cunhada, Ângela Rosalina.
Foi presidente da Companhia Ituana, que basicamente loteou e colonizou a região.
Afastando-se da política, fez-se agricultor na cidade.
Em 1858, segundo consta na lei provincial de 22 de abril, Carlos Ilidro da Silva foi designado para a comissão que deveria ser enviada à Europa, EUA e Cuba, a fim de estudar e colher, em suas escolas e estabe1ecimentos, as noções práticas e os melhores processos que possam ser aplicados e utilizados na lavoura da província. A comissão se incumbia ainda a compra, naqueles países, de arados e máquinas de uso mais fácil e vantajoso e poderia também contratar pessoal habilitado no manuseio e desempenho desses aparelhos.
A lei previa a fundação de uma Escola de Agricultura na Província e, com base desse preceito, Carlos Ilidro da Silva obteve, pela lei do orçamento de 11 de maio de 1859, um empréstimo dos cofres públicos, na importância de 15:000.000 (quinze contos de réis), para aperfeiçoar os processos de cultivo do solo e adquirir instrumentos e aparelhos agrícolas adequados. nos termos do projeto que havia apresentado à Assembleia Provincial no mesmo ano.
Por esse tempo, Carlos Ilidro da Silva já tinha renome como fazendeiro versado em agronomia e com profundo interesse em renovar os meto dos rotineiros de cultivo da terra.
Tais conhecimentos não resultaram de formação especializada; seu bacharelado em Direito, talvez estivesse apenas a marcar o rumo de estudos que, segundo a tradição já firmada em seu tempo, qualificava o patriarcado do país. A vocação para a agricultura expandiu-se no contato com os problemas enfrentados nas próprias lavouras, em sua fazenda, primeiro em Araçariguama, depois em Itu. Em 1857, seu nome se incluía entre os maiores produtores de chá do município de São Roque (do qual fazia parte a freguesia de Araçariguama, onde faleceu no dia 8 de dezembro de 1884).
Por volta de 1860, Ilidro editado dois jornais sobre o assunto: "O Agricultor Paulista" e "25 de Março" e, por anos, escrito uma coluna quinzenal - "Folhetim Agrícola" - no "Correio Paulistano", editado em São Paulo, capital.

Fonte: "O Homem e a Técnica - Anais do IX Simpósio Nacional da Associação de Professores Universitários de História" (http://anpuh.org), "A Academia de São Paulo: tradições e reminiscências, estudantes, estudantões, estudantadas" (http://archive.org), "Correio Paulistano", 21 de março e 16 de dezembro de 1880 (Acervo Biblioteca Nacional), "Natureza e Agricultura em Itu: a concepção de Carlos Ilidro da Silva (1860 - 1864)", de Karina Barbosa Sousa Quiroga (Universidade Estadual de Londrina) e http://genearc.net, com informações do Ruas Rio
Foto: busto de Ilidro em Itu (http://anitchaa.blogspot.com.br)

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