Estrada do Galeão (Cacuia/Jardim Guanabara/Jardim Carioca/Portuguesa/Galeão) - CEP: 21931-242/21931-243/21931-352/21931-353/21931-383/21931-385/21931-387/21931-522/21931-524/21931-582

(antiga Estrada Galeão-Ribeira, anteriormente Estrada da Grota Funda)


Ao ser inaugurada a ponte ligando a Ilha do Governador ao continente, a estrada que ligava o Galeão às demais localidades internas não passava de um caminho sem pavimentação aberto na floresta.
Com a necessidade de uma ligação rodoviária para o Centro, a via passou por serviços de terraplenagem e pavimentação, sendo inaugurada pelo presidente Eurico Gaspar Dutra com o nome de Estrada Galeão-Ribeira, embora não chegue ao último bairro.
O nome do bairro (e, por extensão, da estrada) tem origem no galeão Padre Eterno, construído em estaleiro montado na região. Para demonstrar que as madeiras tropicais eram excelentes para a construção naval, o governador Salvador Correia de Sá e Benevides deu início, em 1659, à construção daquele que seria o maior navio do mundo: o galeão Padre Eterno.
O local do estaleiro ficou conhecido como Ponta do Galeão. Ali mandou reunir grandes toras de madeira, oriundas principalmente das matas da Ilha Grande, distante quase 100 km, no litoral sul da capitania, fazendo vir da Europa os técnicos para orientar os carpinteiros indígenas.
Quatro anos mais tarde, no Natal de 1663, foi lançada ao mar a embarcação.
Dotado de duas cobertas armadas de canhões, o Padre Eterno tinha 53 metros de comprimento - algo extraordinário para a época - e capacidade para o transporte de duas mil toneladas de carga, e era dotado de duas cobertas, com capacidade para 140 peças de artilharia, armamento que superava o de muitas fortalezas coloniais à época. As madeiras e o seu projeto tornavam-no leve e resistente, além de fácil de ser manobrado. O seu mastro principal era feito de um único tronco, com quase três metros de circunferência na base.
Em 1665, fez sua primeira viagem atravessando o Atlântico e aportando em Lisboa, onde despertou a atenção dos governantes portugueses e também dos espiões estrangeiros.
Este prodígio da construção naval portuguesa viria a naufragar nas águas do Oceano Índico, alguns anos mais tarde.
O uso residencial do bairro do Galeão hoje se restringe às vilas oficiais dos militares e às comunidades da Vila Juaniza ou Barbante (surgida em 1984), do Carico e da Águia Dourada (de 1994). O restante é ocupado por instalações militares e grande reserva florestal pertencente à Aeronáutica. A Estrada do Galeão é uma das principais vias do bairro.
A denominação, delimitação e codificação do bairro foi estabelecida pelo Decreto nº 3.158, de 23 de julho de 1981, com alterações do Decreto nº 5.280, de 23 de agosto de 1985.

Agradecimentos ao Prof. Jaime Moraes, por parte das informações
Fonte: Wikipedia, Correios, Rotary Ilha e Rio Geo
Gravura: http://alernavios.blogspot.com.br/2010/07/padre-eterno.html

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