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Cantor e compositor, Francisco de Morais Alves nasceu a 19 de agosto de 1898, no Rio de Janeiro. Filho do imigrante português José Alves, que se tornou dono de um bar na Rua do Acre, onde nasceu e se criou. Teve quatro irmãos, entre os quais, José, conhecido por Juca, que morreu durante as epidemia de gripe espanhola e Ângela, a mais velha e que o presenteou com uma guitarra, seu primeiro instrumento musical.
Desde cedo ganhou o apelido de Chico, que o acompanhou por toda a vida. Começou a trabalhar cedo, como engraxate na Rua Evaristo da Veiga, para onde a família se mudou com dificuldades financeiras. Por essa época, costumava acompanhar os ensaios da banda de música do batalhão da Polícia Militar situado na mesma rua onde morava. Em 1916 empregou-se na fábrica de chapéus Mangueira onde ficou por pouco tempo indo trabalhar em seguida na fábrica de chapéus Júlio Lima. Em 1918 começou a trabalhar como chofer de táxi. Com a morte do pai e o casamento das irmãs, passou a morar sozinho com a mãe. Em 1920 casou-se com Perpétua Guerra Tutóia, a quem conhecera num cabaré na Lapa. O casamento, contra a vontade da família, durou pouco tempo, entretanto.
Pouco depois conheceu a atriz Célia Zenatti, com quem se casou e viveu por 28 anos. Durante alguns anos, mesmo já atuando como cantor e com diversos discos gravados, continuou trabalhando como chofer de táxi.
Decidido a ser cantor, fez seu primeiro teste com o maestro Antônio Lago, pai do ator Mário Lago. Foi aprovado, mas ainda assim preferiu tomar aulas de canto com o barítono Sante Athos por um período de três meses. Em 1948, apaixonou-se por Iraci, sua companheira dos últimos quatro anos de vida.
Morreu em 27 de setembro de 1952, em Pindamonhangaba (SP), vitimado por um acidente na recente Rodovia Presidente Dutra. Voltando de uma viagem à capital paulista, tendo ao lado o amigo Haroldo Alves, o carro (um Buick) por ele mesmo dirigido foi atingido por um caminhão que vinha na contramão e o cantor morreu instantaneamente.
No trajeto até o Rio de Janeiro o caixão foi sendo recoberto de flores pelo povo.
Após sua morte, a ex-mulher Perpétua, foi à Justiça reivindicando seus filhos como herdeiros, o que ocasionou grande celeuma pública.

Fonte: Dicionário Cravo Albim da Música Popular Brasileira e www1.uol.com.br/rionosjornais/rj43.htm
Foto: Assembleia Legislativa de São Paulo
Fotos: Google Street View

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