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Oscar Jeronymo (ora grafado com I) Bandeira de Mello (por vezes, creditado com somente um L) nasceu em Pernambuco. Foi da turma de 1954 (Visconde de Mauá) da Escola Superior de Guerra (ESG).
Ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI), Bandeira de Mello foi, já como general da reserva, o segundo presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), de junho de 1970 a março de 1974, órgão do qual já havia sido chefe da Divisão de Segurança e Informação.
À frente da Fundação, participou do inquérito que extinguiu o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), antecessor da Funai e criado em 1910 pelo marechal Rondon.
Na gestão de Bandeira de Mello, consolidou-se a política da Funai atrelada ao binômio "segurança e desenvolvimento", que marcou o período mais duro do regime autoritário - o governo Médici. Seu lema era: "Integrar os índios rapidamente", sobretudo para que não obstaculizassem a ocupação e colonização da Amazônia, em consonância com o ministro do Interior, Costa Cavalcante, que anunciou o "boi como grande bandeirante da década".
No bojo do Plano de Integração Nacional, lançado em 1970, estabeleceu um convenio com a Sudam "para pacificar 30 grupos arredios" ao longo da Transamazônica. Participou de um churrasco com fazendeiros na abertura da BR-080, rodovia que cortou o norte do Parque do Xingu e excluiu boa parte do território dos índios txukarramãe (subgrupo kayapó)."Durante sua gestão, foi promulgado o Estatuto do Índio, aprovado pelo Congresso Nacional, e criada, na Funai, a Divisão de Desenvolvimento Comunitário (subordinada à Coordenação de Programas de Desenvolvimento de Comunidades, do Ministério do Interior). Relacionada a essa divisão desenvolvimentista e integracionista das populações indígenas, reintroduziu a chamada "renda indígena", conceito chave para viabilizar o projeto de "emancipação econômica" dos grupos indígenas.
Em 1972, publicou a obra "O que é a Funai".

Agradecimentos a Eunice Cariry, da Casa do Índio (in memoriam), pela cessão da foto
Fonte: Wikipedia, http://pib.socioambiental.org, Escola Superior de Guerra (www.esg.br), Google Books e http://merciogomes.blogspot.com.br

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