Rua Visconde de São Lourenço (Jardim Guanabara) - CEP: 21940-310


Filho de pai italiano, Francisco Bento Maria Targini nasceu em Lisboa, a 16 de outubro de 1756.
Foi comendador das ordens de Cristo e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, além de fazer parte do Conselho da rainha D. Maria I.
Começou sua carreira entrando como caixeiro e subindo depois a guarda-livros (contador sem formação acadêmica) de uma casa de comércio em Lisboa, foi-se elevando, graças ao seu talento, acompanhou ao Brasil a família real e aqui foi nomeado conselheiro de Estado e conselheiro de Fazenda, sendo agraciado com o título de barão de São Lourenço por decreto de 17 de dezembro de 1811; e mais tarde com o de visconde por decreto de 3 de maio de 1819.
Considerado como absolutista, foi um daqueles que ao regressarem a Portugal com D. João VI, não tiveram licença para desembarcar, retirando-se para Paris, onde faleceu em 1827.
Apesar dos acontecimentos de 1823 o visconde de S. Lourenço, que também fora tesoureiro-mor do real erário no Brasil, não quis voltar a Portugal.
No Rio, como conselheiro de D. João VI, o visconde morava em um casarão construído no século XIX, na esquina da Rua dos Inválidos com Riachuelo. Após sua morte, a casa teve vários proprietários e chegou a sediar o Colégio Marinho. Hoje, do antigo palacete só resta praticamente a fachada, apesar de o prédio ter sido tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938. Parte do reboco do edifício caiu e paredes internas despencaram.
Sem telhado e em completa ruína, o casarão foi interditado e acabou tornando-se abrigo para população de rua. O Iphan e a Prefeitura do Rio já iniciaram o processo de escoramento do que ainda está de pé e os invasores foram expulsos.

Fonte: Rio & Cultura (www.rioecultura.com.br) e "Portugal - Dicionário Histórico" (www.arqnet.pt, texto de Manuel Amaral)
Ilustração: Rio & Cultura (www.rioecultura.com.br)



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